A Representação do Fogo Na Divina Comédia, de
Dante Alighieri,
Laura Cristina Mendes Durães1
Dorival
Souza Barreto Junior2
O presente artigo, fruto do projeto de
pesquisa: Estética e Religião, Estudo
Comparativo entre textos da Bíblia e a Literatura tem como objetivo analisar
a representação do fogo na Divina Comédia, de Dante Alighieri, em analogia com os
textos bíblicos (Gn 19,24; Gn 38,24; Nm 11,1; Ap 8,7 e Mt 7,19). Neste trabalho
enfatizaremos a representação do fogo como punição presente na primeira parte
do poema, o Inferno. Para alcançar tal objetivo foi realizada uma pesquisa de
cunho teórico bibliográfico e de caráter comparativo, analisando artigos, resumos,
resenhas, livros e teses relacionados a obra dantesca, juntamente com a leitura
feita do livro estudado, da Bíblia, e de dicionários bíblicos, delineando neles
a representação do fogo, comparando-o com textos da Sagrada Escritura.
Palavras-chave: fogo, punição,
inferno, Dante, textos bíblicos.
This article which is the result of the
research project ‘Aesthetics and
Religion, a Comparative Study between Bible texts and literature’ aims
to analyze the representation of fire in the ‘Divine Comedy’ by Dante Alighieri in analogy to the biblical texts
(Genesis 19.24; Gen. 38.24; Nm 11.1, Ap 8.7 and Mt 7.19). In this paper we
emphasize the representation of fire as punishment in this first part of the
poem - Hell. Since we conducted a survey of theoretical literature and
comparative data analyzing articles, summaries, reviews, books and theses
related to Dante’s work along with the reading taken from the studied book from
the Bible, and Bible dictionaries, we outlined their representation of fire,
comparing it with texts of the Sacred Scripture.
Keywords: fire, punishment, hell, Dante, biblical texts
A representação é uma forma de apresentar uma ação, é uma forma que
encontramos para explicar algo imaginário, ou real como a realidade que
vivemos, como ressalta Daniel Lula Costa:
[...]
as tentativas feitas para decifrar diferentemente as sociedades, penetrando o
dédalo das relações e das tensões que as constituem a partir de um ponto de
entrada particular (um acontecimento, obscuro ou maior, o relato de uma vida,
uma rede de práticas específicas) e considerando que não há prática ou
estrutura que não seja produzida pelas representações, contraditórias e
afrontadas, pelas quais os indivíduos e os grupos dão sentido a seu mundo[1]
Baseando-se nesse conceito propomo-nos a estudar a representação do fogo,
descrita no “Inferno” de Dante e compará-la com textos da Sagrada Escritura,
pois a representatividade do fogo na obra pode estar ligada a realidade que
Dante vivia.
Nesse sentido é importante ressaltar Erich Auerbach que considera a
“Divina Comédia” como:
Uma obra de
arte imitativa da realidade, na qual aparecem todos os campos concebíveis da realidade; passado e
presente, grandeza sublime e desprezível vulgaridade, história e lenda,
tragédia e comédia, homem e paisagem; é, finalmente, a história do
desenvolvimento e da salvação de um único homem, Dante, e como tal, uma
história figurativa da história da salvação da humanidade em geral[2]
A Divina Comédia é um poema composto por um canto introdutório e por três
partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso, sendo que nessas três partes é narrada
a maravilhosa jornada que Dante realizou, consumindo-se sete dias (dois no
Inferno, quatro no Purgatório e um no Paraíso). Nessa jornada o poeta encontrou
muitas personagens históricas, bíblicas e mitológicas com quem aprendeu vários
conceitos importantes para sua ascensão espiritual e racional, a começar por
Virgílio, poeta latino que o guiará pelo Inferno e pelo Purgatório a pedido de
Beatriz, sua amada que será sua guia no Paraíso.
O poema dantesco é repleto de significados alegóricos e morais, neste
trabalho enfatizaremos a representação do fogo (símbolo bíblico) como castigo
na primeira parte do poema, o Inferno, estabelecendo analogia com os textos
bíblicos: Gn 19, 24-25; Gn 38,24; Nm 11,1; Ap 8,7 e Mt 7,19, em que o fogo
aparece com o objetivo de castigar. Em Gênesis (19,24-25) temos a descrição da
destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, junto com seus habitantes e suas
vegetações por uma chuva de enxofre e fogo, que o Senhor (Deus) fez cair
sobre essas cidades para punir seus habitantes, que haviam se afastado da sua
palavra. “O senhor fez então chover do
céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. Destruiu as cidades e toda a região,
junto com os habitantes das cidades e até a vegetação do solo”.
Já em Gênesis
(38,24), Judá ordena que a sua nora seja queimada por ter se prostituído. “Passado uns três meses, comunicaram a Judá:
“tua nora Tamar prostitui-se e, em conseqüência, está grávida.” Judá respondeu:
“Trazei-a para fora para que seja queimada”.
Em Números (11,1) quando o povo blasfema contra o Senhor, esse irrompe
contra eles o fogo que devorou uma extremidade do acampamento, “O povo começou a murmurar contra o Senhor. Ao
ouvir, o Senhor inflamou-se de ira. o fogo do Senhor irrompeu contra eles e
devorou uma extremidade do acampamento”.
No Apocalipse de João (8,7) quando
o anjo tocou uma trombeta caíram sobre a terra granizo e fogo misturados com
sangue, queimando a terça parte da terra e das árvores, e toda a erva verde,
castigando assim a humanidade. “o
primeiro anjo tocou, e cairam sobre a terra granizo e fogo misturados com sangue.
A terça parte da terra da terra foi queimada, a terça parte das árvores foi
queimada, e toda a erva verde foi queimada”.
Em Mateus (7,19), Jesus fala que toda árvore que não dá bons frutos é
cortada e lançada ao fogo, ou seja, toda pessoa que não é boa, que não cultiva
os “bons frutos”, amor, carinho, solidariedade é lançada ao inferno. “Toda árvore que não dá bons frutos é cortada
e lançada ao fogo”.
O Inferno é onde Dante, guiado por Virgílio, se depara com os diferentes
pecados, com os castigos e punições para esses pecados, com os sofrimentos dos
condenados, com rios e cidades infernais, com monstros e demônios até chegar
onde vive Lúcifer (satanás), anjo rebelde reduzido a um monstro com três bocas,
e cada uma delas morde um dos maiores traidores da história: Júdas, Cássio e
Brutos. Sendo que os condenados são separados de acordo com a gravidade dos
seus pecados, nos primeiros cantos são descritos aqueles que cometeram os
pecados considerados menos graves, até chegar aos mais graves descritos nos
últimos cantos. Para Auerbach o reino infernal comporta uma divisão, “segundo a medida da sua má vontade e, dentro
desta divisão, segundo a gravidade de seus pecados” (AUERBACH, 1994, p.165).
Dante dividiu o inferno em nove círculos de sofrimentos, que se tornam
mais profundo a cada círculo, pois os pecados vão aumentando a gravidade a cada
círculo que os poetas passam. No primeiro círculo está o Limbo, onde estão as almas
daqueles que não foram batizados, pois viveram antes da vinda de Cristo, entre
eles estão os poetas: Virgílio, Horácio, Homero e Lucano.
No segundo círculo está Minos, que
julga os pecados dos mortos e condena os a um círculo do reino infernal. No terceiro
círculo estão os pecadores por gula, que são punidos com uma chuva misturada de
saraiva e neve, e guardados por Cérbero, monstruoso cão com três cabeças e com o
apetite insaciável, que vive sempre latindo e mordendo os condenados.
No quarto círculo estão os avarentos e pródigos guardados por Pluto,
demônio da riqueza, sendo que os condenados são divididos em dois grupos que
empurram fardos contra o outro até se encontrarem violentamente. No quinto
círculo estão os Iracundos (cheio de Ira) que se encontram dentro do rio
Estige, imersos na lama ardente. Já no sexto círculo os poetas encontram-se na
cidade de Dite, cercada pelo fogo e guardada por demônios. Nesse círculo são
condenados os hereges e incrédulos que estão em túmulos de fogo.
O sétimo círculo é guardado por Minotauro, onde estão condenados os
violentos que são distribuídos por três vales, sendo o primeiro o dos violentos
contra o próximo, que estão mergulhados no rio de sangue fervente, o
Flagetonte. O segundo é destinado aos suicidas que foram transformados em
árvores, onde pousam as harpias (aves de rapina que alimentam das folhas das
árvores), causando sangramentos e muita dor nos condenados. E no terceiro estão
os violentos contra Deus, a natureza e arte que são castigados com uma chuva de
ardentíssimas flamas (chamas).
O oitavo círculo é chamado de Malebolge, onde estão condenados dez
espécies de fraudulentos, cada espécie com uma punição diferente. No nono
círculo estão condenados os traidores, o qual se reparte em quatro esferas. Na
primeira, Cairia, estão aqueles que traíram seus próprios parentes, que estão
apenas com a cabeça e o tórax fora do gelo. Na segunda Antenora estão aqueles
que traíram a pátria, sendo que tem apenas a cabeça fora do gelo. Na terceira
Ptoloméia estão punidos os traidores de seus hóspedes, que apenas o rosto não
foi coberto pelo gelo. A última esfera é a Judeca, onde reside Lúcifer, e onde
são punidos os traidores de seus benfeitores que estão totalmente imersos no
gelo.
O inferno é um lugar aterrorizador, de muitos sofrimentos, de punição que
geralmente é representado pelo o fogo, como um lugar quente, de calor
insuportável. Nesse sentido é importante ressaltar Marc Girard: “o fogo do inferno simboliza mais a horrível
angustia de um vazio total de sentido e um fracasso irremediável” [3] O
fogo é um elemento bíblico que abrange vários significados, podendo ser um meio
de purificação, de salvação, de manifestação divina, de punição, e pode ser usado
metaforicamente. Para Girard no fogo podemos reconhecer três propriedades
básicas: a que ilumina, a que queima e a que aquece. Nesse trabalho
enfatizaremos a que queima com a finalidade de destruir, sendo que esse fogo
que queima pode destruir, purificar e regenerar como ressalta Girard:
Quando o calor
se torna mais intenso do que um objeto pode suportar, o fogo queima. Ele
desprende combustão, a fumaça, entre outros. O efeito combustão pode ser
triplo: destruidor, purificador e regenerador. Compreendem-se logo, de certo
ponto de vista, a nocividade do primeiro efeito e a utilidade dos outros dois[4].
No Inferno dantesco percebemos o fogo como punição a partir da descrição
da cidade de Dite, uma cidade cercada pelo fogo, e que comporta uma divisão
entre os pecados cometidos sem culpa e os cometidos conscientemente, os mais
graves. Sendo que só a partir da descrição dessa cidade temos manifestações do
fogo como castigo, com o objetivo de punir aqueles que praticaram o mal, ou
seja, a representação do fogo como punição está entre os pecados mais graves.
“Esta de sepulcros desigual
a incerto
O
solo: outros assim a estância feia,
Mas
de modo mais agro, tem coberto
Entre eles chama horrífica
serpeia
E os abrasa inda mais que frágua ardente
Que arte para amolgar o ferro ateia (...)[5]
Nesse trecho são castigados os hereges e incrédulos que são aqueles que
em vida não acreditaram na existência de Deus, e de Jesus como seu filho, e
negaram a sobrevivência da alma após a morte corporal, os seguidores da
doutrina do filosofo grego Epicuro, eles são condenados a “viverem” eternamente
em túmulos de fogos.
Os violentos contra Deus, contra a natureza e contra a arte são punidos
com chuva eterna de ardentíssimas labaredas, chamas, como podem observar no
trecho:
“Largas flamas com tardo
movimento
Choviam do areal em todo o espaço,
Qual neve em serra, quando é mudo o vento
(...)
Cada qual sem repouso se
estorcia
A um lado e a outro os braços revolvendo
A cada chama, que do ar chovia”
(ALIGHIERI, 2002, p.88)
Fica claro nesse trecho que os condenados não tinham repouso, eles
ficavam movimentando os braços com intenção de se desviar das chamas que caiam
do ar.
O fogo está presente também no castigo dos Simoníacos, traficantes de artefatos
sagrados que são punidos de forma que permanecem de cabeça para baixo,
aparecendo apenas as pernas do derradeiro dos condenados, cujas plantas dos pés
ardem em chamas:
“Stavam ardendo as plantas
na tortura,
E
tanto as juntas rijo se estorciam,
Que
romperiam a prisão mais dura.
Do calcanhar aos dedos
percorriam
As chamas, como a superfície inteira
Em corpo de óleo ungido morderiam.”
(ALIGHIERI, 2002. p.111)
Assim como os
Simoníacos, os Barateiros, oficiais públicos peitados no exercício dos seus
cargos, são castigados por meio do fogo, eles estão mergulhados em lago de pés
fervente, como pode ser constatado no trecho:: “Mas no pez, só na tona eu distinguia / Borbilhão, que a fervura
levantava, / Que ora inchava, ora rápido se abatia” (ALIGHIERI, 2002,
p.120).
Outra descrição importantíssima sobre os castigos por meio do fogo no
Inferno dantesco é o dos conselheiros fraudulentos, entre eles Ulisses e
Diomedes, reis gregos celebrizados por Homero nos poemas: Ilíada e Odisséia.
Antes de descrever como se encontram os reis gregos no Inferno, Dante faz
alusão ao texto bíblico que o profeta Elizeu viu Elias sendo arrebatado para o
céu em um carro de fogo, “Então, enquanto
andavam conversando um carro de fogo e cavalos de fogo os separaram um do
outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho” (REIS 2, 11, BÍBLIA SAGRADA), como
pode ser observar no trecho: “Como aquele
que de ursos foi vingado, / Quando de Elias voou o carro ardente, / Ao céu por
frisões ígneos transportado” (ALIGHIERI, 2002, p.145). Ao fazer essa
alusão, Dante descreve que viu inúmeras chamas, em cada chama um conselheiro
fraudulento. É como se o poeta advertisse assim como Elias desapareceu por meio
do fogo, toda alma também é escondida por um fogo “oculto”. Como podemos notar trecho:
“Assim naquele abismo se agitando
As flamas via: em cada qual estava
Uma alma, em seus fulgores se ocultando
(...)
O Mestre, ao ver que a mente se embevece,
“Em cada fogo”- diz-me -“um condenado,
Como em habito envolto, arde e padece”
(ALIGHIERI, 2002, p.145)
Essas “chamas escondem a alma daqueles que usaram o intelecto para
enganar de maneira deliberada, levando os outros a se perder por meio da
eloqüência e da esperteza” (REYNOLDS,
2011, p.275). Respectivamente Ulisses e Diomedes, como são percebidos no
trecho: “- “Estão lá dentro dessa flama
dirá / Diomedes e Ulisses: em castigo / Sócios são, como outrora hão sido em
ira” (ALIGHIERI, 2002, p.146).
Percebemos nesses trechos citados do Inferno dantesco que o fogo seja
como labareda, chama ou larvas, se manifesta com o intuito de punir, castigar
aqueles que não agiram bem, quando estiveram “vivos”, ou seja, antes da morte
corporal. Estabeleceremos uma comparação desse fogo que pune, nos textos
bíblicos: Gn 19, 24-25; Gn 38,24; Nm 11,1; Ap 8,7 e Mt 7,19 baseando-se no
conceito de Literatura Comparada defendido por Ilva Maria Bertola Boniatti:
A
literatura comparada é arte metódica de, através da pesquisa das relações de
analogia, afinidade e influência, aproximar a literatura dos outros domínios da
expressão ou do conhecimento ou, ainda, os fatos e textos literários, entre
eles, distantes ou não no espaço, desde que pertençam a várias culturas, estas
fazendo parte de uma mesma tradição, a fim de melhor descrevê-las,
compreendê-las e apreciá-las.[6]
Lançando mão desse conceito e de um
raciocínio comparativo procuramos descrever os pontos convergentes, as
semelhanças entre os textos literários.
Em Gêneses (19,24-25) percebemos que o Senhor castiga aqueles que haviam
afastado da sua palavra com uma chuva de enxofre e fogo, no Inferno dantesco os
violentos contra a natureza, contra Deus e contra a arte são punidos também por
uma chuva de fogo.
O fogo punitivo está presente em Gêneses (38, 24), pois Judá manda trazer
a nora para ser queimada, por ter se prostituído, assim como no Inferno
descrito por Dante, onde os hereges e incrédulos são castigados a “viverem”
eternamente em túmulos de fogo.
Esse fogo que pune está presente também em Números (11,1), pois fogo do
Senhor irrompe contra os blasfemadores devorando uma parte do acampamento, e em
Apocalipse de João (8,7), sendo que quando o anjo tocou a trombeta caíram sobre
a terra granizo e fogo misturados com sangue, punindo a humanidade. Assim como
no “Inferno” os conselheiros fraudulentos são punidos por meio do fogo, suas
almas estão dentro de chamas.
Em Mateus (7,19) Jesus fala que a árvore que não dá bons frutos é cortada
e lançada ao fogo, ou seja, todas as pessoas que não são boas, que não praticam
“o bem” são lançadas ao fogo do inferno. Nesse sentido podemos considerar que
as pessoas punidas no Inferno dantesco pelo fogo, são pessoas más que não
cultivaram os bons frutos: amor, carinho, solidariedade, etc. Por isso estão
sendo castigadas.
Ao analisarmos a representação do fogo no Inferno, da Divina Comédia de
Dante Alighieri em analogia com os textos bíblicos: Gn 19, 24-25; Gn 38,24; Nm
11,1; Ap 8,7 e Mt 7,19 constatamos que há uma comparação entre as duas obras,
uma vez que a representatividade do fogo no “Inferno” se manifesta como punição
do condenado, que será eternamente
punido por um fogo que destrói, que castiga e que é fonte de dor. Assim como
nos textos bíblicos analisados o fogo desempenha as mesmas características de
punir, castigar e causar dor, sofrimento.
Constatamos também que a representatividade do fogo no Inferno dantesco
pode estar ligada a realidade em que vivia o poeta, pois Dante viveu no Período
Medieval que dominava os ensinamentos cristãos, por exemplo, o medo pelo
maligno e quem não praticasse o “bem” era eternamente punido no inferno por
demônios e por fogo. Uma vez que a “Divina comédia” é uma obra “baseada no
imaginário que envolvia as representações coletivas medievais e na concepção de
mundo da Igreja Católica” (COSTA, 2011, p.2).
Numa visão geral é possível constatar que podemos ampliar o debate entre
a representação do fogo na Divina Comédia em analogia com textos bíblicos, uma
vez que analisamos apenas os pontos convergentes entre as duas obras, por isso
seria interessante trabalhamos os pontos divergentes também.
REFERÊNCIAS
ALIGHIERI, Dante. Divina Comédia. Tradução: J.P. Xavier
Pinheiro. 7ª reimpressão. São Paulo: Martin Claret, 2002.
AUERBACH, Erich. Mimeses: A Representação da realidade na
Literatura Ocidental. 3ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1994.
BERTÈ, Débora. Dante: da danação a salvação, o mesmo
Inferno. Porto Alegre: UFRGS, 2011. 53f . Trabalho de Conclusão do Curso
(Licenciatura em História). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011.
BÌBLIA SAGRADA.
8ª ed. São Paulo: Canção Nova, 2008.
BONIATTI, Ilva Maria
Bertola. Literatura Comparada: memória e
região. Caxias do Sul: EDUCS, 2000.
BRITO, Emanuel França. A insaciável sede de saber na Comédia de
Dante. Algumas relações com a incontinência aristotélica. 2010. 108f . Dissertação (Mestrado)-
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo,
2010.
COSTA, Daniel Lula. A representação do sétimo círculo no inferno
dantesco. ANAIS DO III ENCONTRO
NACIONAL DO GT HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DAS RELIGIOSIDADES – ANPUH -Questões
teórico-metodológicas no estudo das religiões e religiosidades. IN: Revista Brasileira de História das Religiões.
Maringá (PR) v. III, n.9, jan/2011. ISSN 1983-2859. Disponível em
http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pub.html
GIRARD, Marc. Os Símbolos na Bíblia: ensaio de teologia
bíblica enraizada na experiência humana universal. Tradução, Benôni Lemos.
São Paulo: Paulus, 1997.
MCKENZIE, John L. Dicionário Bíblico. Tradução, Álvaro
Cunha et al. São Paulo: Paulus, 1983.
REYNOLDS, Barbara. Dante. Tradução, Maria Helena Siqueira
Madureira. São Paulo: Record, 2011.